IPCA: um guia completo com tudo que você precisa saber

IPCA: um guia completo com tudo que você precisa saber

No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o indicador mais utilizado para medir a inflação. Logo, afeta nossas decisões sobre investimento, consumo, etc.

Em todos esses casos, precisamos avaliar a perda do poder de compra do dinheiro. Só assim, saberemos se o esforço em poupar será devidamente recompensado, sendo suficientes para alcançar nossos objetivos financeiros.

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    Neste conteúdo, explicamos tudo o que você precisa saber sobre o IPCA e mostramos como esse índice afeta os consórcios. Continue a leitura e fique por dentro do assunto!

    O que é IPCA?

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é um indicador que tem o objetivo de refletir a inflação. Para isso, o IBGE acompanha as variações de preço dentro de uma cesta de produtos e serviços, chegando a um percentual que demonstraria o crescimento, redução ou manutenção do poder de compra do dinheiro.

    Essa cesta é composta por produtos e serviços frequentemente utilizados por famílias que ganham de 1 até 40 salários mínimos. Ao todo, o IPCA alcança 9 grupos de despesas:

    • alimentação e bebidas;
    • habitação;
    • artigos de residência;
    • vestuário;
    • transportes;
    • saúde e cuidados pessoais;
    • despesas pessoais;
    • educação;
    • comunicação.

    Ao optar por essas categorias e faixa de renda, o IBGE busca refletir o que 90% das famílias brasileiras consomem. Inclusive, esse indicador é afetado pelas mudanças nos hábitos de consumo. Em 2020, por exemplo, os serviços de streaming passaram a integrar o item comunicação, enquanto o telefone público deixou a lista do instituto de pesquisa.

    De modo geral, os grupos têm pesos distintos conforme sua relevância no orçamento familiar. Variações em alimentação e bebidas, para citar um caso, influenciam o IPCA mais que educação e comunicação. Por isso, o IPCA seria uma média ponderada, ou seja, que dá pesos distintos para os fatores que entram no cálculo.

    Qual é o objetivo do IPCA?

    Resumidamente, ao pesquisar as variações nos preços para os gastos de 90% das famílias, a proposta é acompanhar a inflação. Com isso, o IPCA tenta refletir qual foi a perda de valor do dinheiro em relação aos produtos e serviços consumidos pela maioria das famílias.

    Perceba que o IPCA é calculado com base em uma parte dos produtos e serviços da nossa economia. É possível, por exemplo, mudar a listagem escolhida e produzir outros índices, como o IGP-M e o INCC.

    Além disso, os efeitos da inflação podem ser diferentes para cada pessoa. O aumento no preço da carne, por exemplo, terá um peso considerável para o IPCA e para as famílias em geral, mas praticamente será ignorado por um vegetariano.

    Nesse sentido, o IPCA é importante para decisões em que precisamos avaliar o poder de compra do dinheiro de forma ampla, como o próprio indicador já diz. Nesses casos, ainda que sejamos mais ou menos afetados pela inflação, devemos entender a desvalorização do dinheiro.

    Imagine, por exemplo, que você queira saber se está perdendo dinheiro ao deixá-lo parado no banco. Para isso, aplicamos o IPCA no período: se houve um aumento no índice, como geralmente acontece, você possivelmente perdeu.

    Além disso, o IPCA ajuda a entender qual será o rendimento real nos investimentos de renda fixa e variável. Para isso, subtraímos o IPCA dos ganhos obtidos, pois apenas o que está além da inflação realmente será um lucro sobre o valor investido.

    Como o IPCA funciona no consórcio?

    Nos contratos de consórcio, o IPCA é um dos indicadores que trazem igualdade de tratamento e transparência nos reajustes. Quando o índice é aplicado, a correção de parcelas acontece com base em critérios de mercado, considerando os hábitos de consumo da maioria das famílias.

    Esse reajuste é importante porque o preço dos produtos e serviços tende a subir com a inflação. Se uma pessoa realiza o consórcio para comprar um carro de R$80.000,00, após o período de contrato, essa quantia provavelmente já não será suficiente para adquirir um veículo com as mesmas características do momento em que o contrato foi firmado.

    Para ilustrar a desvalorização do dinheiro, R$80.000,00 em janeiro de 2015 tinha o poder de compra equivalente a R$109.845,96 em janeiro de 2021. Nesse período, a inflação acumulada foi de 37,31%, o que obrigaria a compra de um veículo de qualidade inferior, caso não houvesse o reajuste.

    A proposta do consórcio é que todos os participantes consigam o bem até a conclusão do contrato. Assim, embora existam formas de ser contemplado mais rápido, é preciso garantir que mesmo o último a receber conquiste o objetivo financeiro. Por isso, o reajuste é previsto em contrato e aplicado às parcelas de todos os participantes.

    Quais segmentos de compra o índice influencia?

    O contrato de consórcio deve prever qual será o método utilizado para reajustar as parcelas e a carta de crédito. Normalmente, a administradora do consórcio considera a característica do bem, definindo o índice mais compatível para representar as variações de preço para aquele produto ou serviço.

    Há diversos indicadores no mercado, como IPCA, INCC e IGP-M. Normalmente, o IPCA é aplicável à carta de crédito para compra de bens móveis e serviços, por exemplo:

    • carros;
    • motos;
    • caminhões;
    • ônibus;
    • eletrodomésticos;
    • eletrônicos;
    • produtos agropecuários;
    • cirurgias plásticas;
    • casamento;
    • festas de formatura;
    • intercâmbios;
    • viagens.

    No caso dos bens imóveis, como comprar uma casa própria, terreno ou apartamento, o Índice Nacional da Construção Civil (INCC) é mais utilizado, pois abrange justamente os preços praticados nos produtos e serviços do segmento de habitação.

    Quais são as diferenças entre IPCA e IGP-M?

    Outro índice utilizado para medir a inflação é o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Esse segundo indicador foi criado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), sendo bastante utilizado para reajuste dos preços do aluguel.

    A principal diferença entre o IPCA e o IGP-M são os produtos e serviços monitorados pelos institutos responsáveis. O IGP-M é calculado a partir de três outros indicadores:

    • Índice de Preços no Atacado (IPA);
    • Índice de Preços ao Consumidor (IPC);
    • Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

    O IPA se baseia nos produtos adquiridos no atacado, que, geralmente, são utilizados na etapa de produção. O IPC corresponde aos produtos e serviços para o consumo final. Por fim, o INCC aborda o setor de habitação.

    Em anos atípicos, pode haver uma diferença significativa entre os números do IBGE e da FGV, especialmente porque o IPA captura mais produtos cotados em dólar. Por exemplo, o IGP-M de 2020 teve alta de 23,14%, enquanto o IPCA de 2020 ficou em 4,52%.

    Um ponto importante é verificar todas as condições do contrato de consórcio, entendendo qual é o índice aplicável para os reajustes. Aliás, uma vantagem dessa modalidade é que você não paga juros, que seria a remuneração pelo dinheiro.

    Recomendamos a leitura do conteúdo sobre as vantagens do consórcio caso você tenha dúvida e queira entender os benefícios desse modelo de compra.

    Como fazer o cálculo do IPCA?

    O cálculo do IPCA é realizado com a soma do índice oficial ao valor que desejamos corrigir pela inflação. Por exemplo, a inflação entre janeiro de 2021 e julho de 2021 foi de 4,76%. Logo, ao atualizar R$1.000,00 com esse período de referência, alcançamos um resultado de R$1.047,60 (R$1.000,00 + 4,76%).

    Uma dica é utilizar a calculadora do IPCA, que é disponibilizada pelo próprio IBGE. Para atualizar o valor desejado, faça o seguinte:

    • acesse a página da calculadora;
    • digite o mês inicial e o mês final;
    • insira o valor a ser atualizado e confirme.

    No resultado, você saberá qual foi a inflação do período e qual é a quantia atualizada. Se você quiser realizar o cálculo para outros indicadores econômicos, é possível utilizar a calculadora do Banco Central do Brasil (BCB).

    Quais são os cuidados na hora de contratar um consórcio?

    Nos consórcios, os reajustes geralmente são realizados anualmente, tendo como base o indicador estipulado no contrato. Como dito, a lógica do reajuste é preservar o valor da carta de crédito, que deve possibilitar que, até mesmo, o último dos contemplados conquiste o objetivo financeiro.

    Lembre-se de que, embora a “etiqueta” aponte uma quantia superior nas parcelas, apenas foi realizada uma adequação do poder de compra. Afinal, somente com o reajuste, é possível fazer frente aos aumentos dos preços do carro, moto, casa, apartamento, etc.

    Não por acaso, é importante contar com uma empresa de confiança e boa reputação no mercado ao realizar um consórcio. Com esse cuidado, você terá acesso às correções de forma transparente e fundamentada nos índices oficiais, no momento de realizar o consórcio. Logo, evitará surpresas nas suas parcelas.

    O IPCA é um índice reconhecido pelo próprio governo, que realiza o cálculo por meio do IBGE. Ao aplicá-lo, o consórcio se baseia nas reais condições do mercado, e o reajuste será uma prática responsável da administradora para que todos os participantes consigam atingir o objetivo financeiro do contrato.

    Se você tem dúvidas sobre consórcios, visite o site da Unifisa e conheça todas as características desse investimento!

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