O cenário econômico brasileiro muda constantemente, portanto, investir em renda fixa pode ser a melhor escolha para criar uma reserva financeira para o seu futuro.
A renda fixa é um modelo de investimento ideal para pessoas que querem estruturar uma reserva financeira de emergência para ter mais segurança e independência financeira.
Isso porque nos títulos são aplicados juros pré ou pós-fixados. No caso da modalidade prefixada, o investidor já sabe qual será o rendimento no momento da aplicação, ou seja, sabe quanto receberá no vencimento do título.
Já no modelo pós-fixado, os juros são atrelados a algum dos indicadores financeiros usados na economia, como o CDI, a Selic e o IPCA. Se você pretende fazer uma aplicação em renda fixa, leia primeiro o nosso artigo. Vamos lá?
O que é renda fixa?
Os investimentos em renda fixa, diferente dos de renda variável, são segurados pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) — o mesmo que assegura a poupança.
Por esse motivo, e por ter remuneração previamente definida no momento da aplicação, investir em renda fixa é mais seguro.
O processo é simples e funciona como um empréstimo concedido pelo investidor aos emissores do título — iniciativa privada, instituições financeiras e governos.
Com isso, o valor investido é comprovado por meio da emissão de títulos, que no prazo predeterminado retorna acrescido dos juros remunerados pelo período.
As condições dessa transação — taxas, índices referenciais, prazos, entre outras resoluções —, são acordadas previamente.
Como funciona a renda fixa?
As condições de remuneração do investimento variam conforme os agentes, prazos e indicadores financeiros de referência — Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI), Sistema Especial de Liquidação de Custódia (Selic) e Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), por exemplo.
A tributação dos investimentos em renda fixa (CDBs, fundos, debêntures e outros) está sujeita a uma tabela regressiva relacionada ao imposto de renda. Dessa forma, ela reduz conforme o prazo de vigência do investimento:
- 22,5% para manutenção por até seis meses;
- 20% de seis meses a um ano;
- 17,5% de um a dois anos;
- 15% acima de dois anos.
O cálculo da rentabilidade desse modelo de investimento também varia conforme o tipo de papel em análise como:
- papéis prefixados: em que os juros são fixos e estabelecidos no momento da operação;
- papéis pós-fixados: em que a remuneração é atrelada às variações do indicador de referência ao longo do tempo;
- papéis híbridos: em que os dois modelos anteriores são aplicados conjuntamente.
Quais os principais tipos de renda fixa?
Veja alguns produtos de renda fixa a seguir.
Títulos Públicos
Nesse modelo de investimento o valor é aplicado em títulos públicos e como o governo é a entidade emitente, o produto é um dos mais seguros. O Tesouro Direto se enquadra nas três modalidades — prefixado, pós-fixado ou híbrido.
Poupança
A poupança também é um modelo de investimento em renda fixa cujas regras e rentabilidade estão condicionadas às diretrizes do governo, varia conforme a taxa Selic mais a variação da Taxa Referencial (TR), sendo creditada mensalmente no dia em que a aplicação foi realizada.
CDBs
Os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) são títulos lançados pelas instituições bancárias e, geralmente, pós-fixados.
Sua rentabilidade varia conforme o banco, que pode oferecer até mais do que 100% do CDI. Além disso, ela está atrelada à cobertura do FGC, entretanto, o rendimento é tributado pela tabela regressiva do Imposto de Renda.
Debêntures
As debêntures são títulos de crédito emitidos pela iniciativa privada para o financiamento de projetos, investimento em infraestrutura, entre outros. Por esse motivo, elas têm prazos mais longos e cobertura pelo FGC.
As debêntures podem ter retornos prefixados, pós-fixados ou híbridos, são tributadas pela tabela regressiva do Imposto de Renda e isentas para captação de recursos para projetos de infraestrutura.
LCI e LCA
As Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio (LCI e LCA), apesar de serem destinadas a segmentos específicos (setor imobiliário e ao agronegócio), têm processos semelhantes aos dos CDBs:
- são emitidas por instituições financeiras;
- contam com a cobertura do FGC.
A rentabilidade desses produtos de renda fixa é inferior à dos CDBs, entretanto, os investimentos recebem isenção do Imposto de Renda.
CRI e CRA
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) têm uma lógica semelhante à dos produtos financeiros de renda fixa descritos anteriormente e também são isentos de Imposto de Renda.
Entretanto, são incorporados pela securitização, que transforma o direito de crédito em títulos negociados no mercado financeiro. A compra do CRI ou CRA no mercado financeiro permite o recebimento de juros como remuneração.
Consórcio
O consórcio é um sistema de compra programado e parcelado de bens ou serviços. Em geral, são usadas na compra de automóveis, imóveis, náuticos, motos off-road, máquinas e equipamentos; além de serviços que contemplam festas, viagens, decoração e educação.
Ele pode ser considerado como um investimento de renda fixa, pois os consorciados sabem exatamente o retorno que terão com diferentes opções durante a vigência do contrato. Ao adquirir uma carta de crédito que poderá ser paga em até duzentos meses, por exemplo, o consorciado tem a opção de ofertar um lance maior que o valor da parcela e ser sorteado antes do prazo.
Ainda, essa modalidade de crédito apresenta vantagens como: flexibilidade, rentabilidade e poder de compra.
Quais as vantagens e desvantagens dos títulos de renda fixa?
É importante ressaltar, que como qualquer outro modelo de investimento, os títulos de renda fixa também estão sujeitos aos riscos inerentes às operações, relacionados aos créditos e as variações de mercado.
A maior previsibilidade quanto à rentabilidade e o processo em si são pontos positivos, assim como segurança por ser um modelo protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito e pela variedade de produtos disponíveis.
Entretanto, uma de suas principais desvantagens é a baixa rentabilidade, se compararmos com os produtos da renda variável. Outro ponto negativo desse modelo de investimento é a exigência de aplicações iniciais elevadas, que pode limitar o acesso de pequenos investidores.
Por esses motivos, o perfil investidor mais indicado para o investimento em renda fixa é o mais conservador, que precisa de segurança e previsibilidade e, para isso, são pessoas que abrem mão da possibilidade de maiores retornos.
Agora que você sabe o que é renda fixa, que tal compartilhar este artigo em suas redes sociais? Oriente outros investidores sobre as vantagens e desvantagens dessa modalidade de investimento!