Diversificação de investimentos: o guia completo para você começar

Diversificação de investimentos: o guia completo para você começar

Quem já poupa seu dinheiro para investir precisa pensar na diversificação de investimentos. A prática pode ser resumida da seguinte forma: “nunca coloque todos os ovos em uma cesta só”. Porém, é claro que esse conceito vai muito além — e entender todos esses detalhes ajuda a tomar as melhores decisões.

Basicamente, diversificar sua carteira — ou portfólio — de investimentos é sinônimo de reduzir riscos e aumentar o potencial de ganhos no longo prazo. Ou seja, é uma forma de ter mais segurança e ainda gerar uma renda passiva de forma consistente e sustentável.

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    Achou interessante? Então, entenda melhor o que esse conceito significa. Além disso, este post apresentará dicas para você aplicar essa ideia na sua rotina financeira e os melhores investimentos para implementar essa ideia. Saiba mais!

    A diversificação de investimentos

    A diversificação de investimentos é uma estratégia de redução de riscos e potencialização de ganhos. Isso é conseguido por meio da distribuição do capital em diferentes ativos. Especialmente, entre aqueles com correlação diferente. Ou seja, que são influenciados por diferentes fatores.

    Isso acontece devido à volatilidade dos investimentos. Toda vez que você aplica seu capital — até mesmo nas aplicações mais conservadoras —, corre o risco de ter perdas por conta da oscilação do preço dos ativos. Diversos fatores impactam esse critério, como:

    • instabilidades políticas;
    • aspectos econômicos, como inflação, taxa básica de juros (Selic) e Produto Interno Bruto (PIB);
    • intervenções do governo federal;
    • mudanças regulatórias;
    • situação financeira do emissor do título.

    Portanto, sempre existe algum risco. Porém, em níveis diferentes. Aqui, também é importante falar de renda fixa e variável. Essas são as duas principais classificações de investimentos. Veja o que caracteriza cada uma delas:

    • renda fixa: abrange as aplicações financeiras mais conservadoras, em que você já sabe quanto ganhará na data de vencimento. Esse resultado pode ser expresso em números absolutos (por exemplo, R$ 1.000) ou em percentual (como o retorno de 4,5% + IPCA, a inflação oficial do País);
    • renda variável: agrega os investimentos mais arriscados, mas que oferecem um potencial de ganhos maior. A volatilidade é mais elevada e o preço dos ativos muda várias vezes ao dia. Por isso, exige um acompanhamento mais próximo.

    Quando você diversifica sua carteira, reduz o impacto da volatilidade na sua carteira. Isso porque você combina ativos de renda fixa e variável, além de outros que não se encaixam nessas categorias.

    Mais do que isso, potencializa os ganhos no longo prazo, aumentando as chances do seu portfólio ter um bom desempenho. Em outras palavras, há mais equilíbrio.

    A importância de diversificar sua carteira

    A diversificação dos investimentos é a regra de ouro do mercado financeiro. Indicada para todos os perfis de investidor, o principal benefício dessa prática é diluir os riscos. Assim, mais do que evitar problemas com o passar do tempo, você tem sua carteira preparada para enfrentar crises econômicas e outras adversidades.

    Isso acontece devido ao equilíbrio conquistado na carteira. Assim, ela sofre menos impactos da volatilidade. Ao mesmo tempo, assegura-se a proteção do seu patrimônio. Afinal, é possível:

    • reduzir o risco de desvalorização por meio do investimento em ativos físicos;
    • travar a rentabilidade em certo patamar de algumas aplicações financeiras, por exemplo, nas operações de hedge;
    • equilibrar risco e retorno com investimentos mais conservadores (com rentabilidade previsível) e outros mais arriscados (que podem oferecer ganhos significativos).

    Aqui, também é importante destacar que existem várias formas de diversificar sua carteira. Portanto, não existe uma fórmula pronta para ser aplicada. Tudo depende do seu perfil, objetivos e necessidades.

    De toda forma, a ideia é tornar sua carteira de ativos mais resiliente. Dessa forma, a estratégia de diversificação garante o melhor resultado possível para os seus investimentos.

    5 passos para fazer a diversificação dos investimentos

    Você entendeu que a diversificação da sua carteira depende de vários fatores e que é impossível utilizar um padrão pronto. Por isso, é necessário aplicar as boas práticas para definir qual é a melhor composição para você.

    Quando essa personalização é ignorada, a consequência é ter um resultado diferente do esperado. Por exemplo, quem tolera menos riscos pode ter mais perdas do que deseja. Por sua vez, aqueles que buscam mais rentabilidade podem ver seus ganhos diminuírem de forma significativa.

    É exatamente esse descasamento que se busca evitar. Por isso, cada pessoa deve focar na sua diversificação. A questão é: como fazer isso? A seguir, mostramos os 5 passos fundamentais para ter sucesso na sua estratégia.

          1. Identifique seu perfil de investidor

    O primeiro passo é saber qual é seu perfil de investidor. Essa é uma classificação feita a partir do seu nível de tolerância ao risco. No entanto, ela também avalia outros aspectos, como objetivos buscados e situação financeira atual.

    De modo geral, existem três tipos de perfil de investidor. Eles são:

    • conservador: é a pessoa que tem baixa tolerância ao risco. Sua prioridade é a segurança, mesmo que isso implique menos retorno. Por isso, o ideal é investir a maior parte da carteira na renda fixa;
    • moderado: é o investidor que busca o máximo equilíbrio entre risco e retorno. Tem níveis medianos de tolerância ao risco. Portanto, aceita um potencial de perdas maior, se a chance de ganhos também for mais elevada;
    • arrojado: enquadra quem tem alto nível de tolerância ao risco. O foco é a rentabilidade. Assim, o indicado é investir a maior parte da carteira na renda variável.

    Essa classificação é definida pelo chamado teste de suitability. Ele é feito assim que você faz uma conta em uma corretora de valores. Esse formulário também considera outras questões, além do nível de tolerância ao risco.

    1. Isso porque quem tem perfil arrojado e não tem nenhum dinheiro guardado precisa investir em aplicações mais conservadoras. Pelo menos, até formar sua reserva de emergência. Portanto, aqui reforçamos a importância da personalização.

          2. Defina prazos e objetivos

    Liste tudo o que você pretende alcançar e dívida cada objetivo em períodos de tempo. Eles podem ser de:

    • curto prazo: são alcançáveis no período de até 1 ano. Por exemplo, formação da reserva de emergência ou realização de uma viagem;
    • médio prazo: são atingíveis em até 5 anos. É o caso da compra de um imóvel ou da realização de um intercâmbio;
    • longo prazo: são aqueles alcançados em mais de 5 anos. Por exemplo, a formação do capital para aposentadoria.

    A partir disso, você já sabe o quanto de risco pode correr. Para entender melhor, veja os seguintes exemplos. A formação da reserva de emergência e a compra de um imóvel têm prazos diversos. Porém, ambos exigem aplicações mais conservadoras para evitar a perda de dinheiro.

    Por outro lado, você pode arriscar um pouco mais na aposentadoria, caso tenha até 35 anos. Assim, basta manter aportes de capital constantes e saber analisar o mercado.

    Ainda assim, todos os objetivos e investimentos requerem um bom conhecimento do mercado financeiro. Se esse não é o seu caso, vale a pena optar por modalidades mais seguras.

         3. Revise suas metas financeiras com frequência

    Os seus objetivos podem mudar com o passar do tempo. Por exemplo, se você estava se preparando para fazer um intercâmbio, mas engravidou, suas prioridades mudam. Por isso, é indicado fazer uma revisão frequente das metas.

    Veja se aquelas que foram estabelecidas ainda fazem sentido para você. Mais do que isso, confira se os prazos de alcance ainda são válidos e como está seu desempenho em relação a elas.

    Afinal, de nada adianta definir que quer comprar um imóvel e um carro em 4 anos, se você não guarda o montante necessário para isso. Portanto, veja como está sua regularidade de aportes para entender como anda sua disciplina.

    Caso esteja com dificuldades para realizar aportes de capital, pense em alternativas. Uma ideia é “se pagar” primeiro. Ou seja, ter o investimento como um compromisso financeiro, que precisa ser quitado logo que o dinheiro chega na sua conta.

         4. Defina um valor de investimento para diversificar

    De acordo com o seu perfil de investidor, analise como sua carteira será composta. Pense em ativos de renda fixa e variável. Ainda é possível ir além, considerando outras modalidades. Por exemplo, os fundos multimercados, que aplicam o capital dos cotistas em títulos seguros ou arriscados, e também é válido pensar nos consórcios.

    Do total de dinheiro que você tem, defina quanto cada ativo receberá. Faça a mesma definição para os aportes mensais. Aqui, vale a seguinte regra: diversifique os investimentos a partir de sua correlação negativa.

    Explicando: é preciso que, quando um ativo desça, o outro suba. Assim, as perdas de um lado são compensadas pelos ganhos de outra parte. Um exemplo é a correlação entre o índice da bolsa de valores, Ibovespa, e a taxa Selic.

          5. Evite pulverizar os investimentos

    A diversificação das aplicações financeiras consiste em alocar seu dinheiro em diferentes ativos. Porém, quando você investe um capital baixo em um grande número de títulos, pode pulverizar seus investimentos.

    Essa estratégia é ruim, porque você apenas investe em diferentes categorias de ativos. Ou seja, não pensa sobre elas nem considera seus potenciais. Da mesma forma, esquece a questão da correlação, o que pode levar a perdas significativas na sua carteira.

    Os principais tipos de investimento para diversificar seu portfólio

    Você pode aplicar em qualquer tipo de ativo. Tudo depende dos aspectos já citados. Porém, se está na dúvida sobre como começar, confira algumas opções que ajudam na diversificação de investimentos.

    Tesouro Direto

    Os títulos públicos são importantes para qualquer perfil de investidor, porque são os mais seguros do mercado. Você pode optar por qualquer um deles: Tesouro Prefixado, Tesouro Selic ou Tesouro IPCA+. Caso precise resgatar o dinheiro a qualquer momento, opte por aquele indexado pela taxa básica de juros. Ele é o que sofre menos volatilidade.

    Fundos multimercado

    São fundos de investimento que alocam o patrimônio dos cotistas em diferentes mercados, tanto da renda fixa quanto da variável. Por isso, eles são diversificados em sua essência. A grande vantagem é ter um gestor especializado que cuida do seu capital e faz as alocações.

    Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA)

    São títulos de renda fixa que tendem a oferecer um rendimento maior. Um dos motivos é a isenção do Imposto de Renda (IR). Eles focam no longo prazo e podem ser boas opções em períodos de crise.

    Ações

    Os títulos emitidos por companhias de capital aberto já consolidadas são boas alternativas para compor a carteira de qualquer investidor. Mesmo sendo mais arriscados, tendem a oferecer boa rentabilidade no longo prazo. Também são opções para comprar na baixa e vender na alta.

    Consórcio

    É outra opção indicada para todos os perfis de investidor, especialmente aqueles iniciantes e com dificuldade de manter a disciplina. Isso porque ele funciona como uma conta. Assim, você precisa pagá-lo e depois tem acesso ao bem desejado. Outras vantagens são:

    • ausência de taxas de juros;
    • manutenção do poder de compra, o que significa que o valor é atualizado conforme o preço do bem;
    • possibilidade de conseguir a carta de crédito para comprar o bem desejado por meio de sorteio ou lance.

    Ou seja, existem várias formas de fazer a diversificação de investimentos. Tudo depende do que você precisa e busca. Então, que tal fazer sua análise e decidir como sua carteira será composta? É só seguir as dicas apresentadas aqui.

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